quinta-feira, 13 de maio de 2010

Quarto da criança deve ter visual lúdico

Profissionais aconselham deixar o filho participar da decoração do espaço

Isabela Gaia
Mais que um lugar para dormir, o quarto é o território individual da criança na casa. O espaço, portanto, deve ser decorado de acordo com as preferências e a personalidade dela. Por mais novo que seja, se seu filho já sabe se expressar, consulte-o antes de montar o quarto em que ele passará a infância.

Para a arquiteta Consuelo Jorge, responsável pelo espaço Loft do Bebê no evento Casa Cor de 2008, o que não pode faltar no quarto de uma criança é o caráter lúdico. “O quarto deve ser um lugar em que a criança possa se sentir no mundinho dela”, diz. Quanto ao quarto do bebê, também deve-se pensar nas facilidades para as mamães, que é provavelmente quem mais circulará por ali.

Tendência em 2008

A cor amarela tem sido cada vez mais usada tanto no quarto do menino quanto da menina. Ela deve ser contrabalanceada com o branco ou outros tons mais suaves para não cansar nem chocar os olhos.

Segundo a presidente do Comitê Brasileiro de Cores (CBC), Elisabeth Wey, em entrevista à revista ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO, “matizes frios, como azuis e verdes, acalmam. Já os quentes, como amarelos, laranjas e vermelhos, estimulam”. Para quebrar com o tradicional visual romântico dos quartos, uma idéia é trabalhar com uma base de cores suaves e ousar em detalhes fortes.


Quarto tem que ter espaço para a mãe

Outra idéia é dar mais liberdade ao dono do quarto. “Todo bebê hoje é muito independente”, diz Consuelo Jorge, que, no Casa Cor 2008, resolveu excluir a mãe e a babá do quarto e criar um ambiente totalmente voltado para o bebê. “Foi uma brincadeira que eu fiz”. A fim de respeitar a altura da criança, ela deixou todos os móveis bem baixos, além de fazer um banheiro com um pequeno “troninho”, pia baixa, ofurô e chuveiro de altura regulável.

Dicas

Se o projeto de Consuelo parece ousado demais, o melhor então, no caso do quarto do bebê, é mesmo focar nas necessidades da mãe. O trocador, por exemplo, deve estar sempre perto do berço. Uma poltrona próxima ao berço facilita na hora de ninar a criança. Em qualquer idade, o ideal para o quarto da criança é a iluminação com dimmer, para acalmá-la na hora de dormir e respeitar um possível medo do escuro.

Tanto o bebê quanto a criança, precisam ter seus sentidos estimulados para se desenvolverem. Se o quarto é o lugar que mais freqüentam na casa, é lá que esses estímulos devem se concentrar. Música, odores, cores, formas, texturas, tudo isso contribui para que eles desempenhem mais conexões cerebrais e ganhem agilidade durante o crescimento.

Para crianças mais velhas, a tecnologia também tem esse papel. Embora deva ser sempre equilibrada com afeto, convívio e regras de “hora certa”, a presença do computador, da televisão ou do videogame ajudam a criança a perceber melhor o universo circundante. “Então tem que fazer com que esses ambientes que vão ser invadidos por tecnologia também possam contar com humanidade”, sintetiza Jéthero Cardoso de Miranda, coordenador e professor do curso de Design de Interiores da Faculdade Belas Artes de São Paulo.

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